O que é Periodização de Treinamento? | Blog Integral

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Para que o atleta atinja o seu máximo em relação à performance ele precisa se dedicar muito em diversos aspectos, o treinamento é a maior parte de toda a preparação de um atleta. Para que o atleta esteja no seu melhor nível, todo seu treinamento deverá ser estruturado, planejado, alinhado com o propósito e o objetivo, essa estruturação chamamos de periodização.

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O que é periodização de treinamento?

De um modo geral podemos dizer que a periodização do treinamento é a divisão do período de preparação do atleta de forma sistemática, visando atingir os objetivos específicos.

Quais são os benefícios da periodização de treinamento?

Com o objetivo definido você consegue planejar o treinamento do seu atleta por dia, semana e mensalmente e com isso facilita a organização. Podemos destacar como os principais benefícios:

– Divisão das fases do treinamento (básico e específico).

– Melhor organização do tempo de treino (específico e competitivo)

– Manter o atleta o maior tempo possível em alto nível

– Melhor otimização dos efeitos positivos referente às cargas de treinamento

Quais são os tipos de periodização de treinamento?

Impossível falar de periodização e não pensar no modelo clássico proposto por Matveev, mas veremos outros modelos que também são utilizados.

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Modelo Clássico

Na década de 50 o modelo clássico proposto por Matveev, tomou por base a Síndrome Geral da Adaptação e logo se popularizou entre os treinadores. Caracterizado pela variação ondulatória das cargas propostas no treinamento, sendo dividido em três períodos: período de preparação, período de competição e período de transição.

O período de preparação é dividido em duas etapas: a de preparação geral e específica.

Na etapa geral, enfatiza-se a preparação física e os componentes gerais do treinamento, predominando o volume sobre a intensidade. A etapa específica é caracterizada pelo aperfeiçoamento das habilidades técnicas e táticas, predominando a intensidade sobre o volume do treinamento. No período Competitivo, objetiva-se que o atleta atinja o peak (pico), ou seja, o nível de desempenho máximo. No período de transição é o período de descanso ativo, onde reduz o volume e a intensidade, proporcionando ao atleta uma recuperação física e psicológica.

Todas essas fases são organizadas dentro do Macrociclo que é dividido em mesociclo, microciclo e sessões de treino.

Modelo em Bloco

Um dos maiores críticos do modelo de Matveev, Verchoshanskij, no final da década de 70 divulgou seus estudos referente ao treinamento em bloco, que preconiza que o atleta deva atingir mais momentos de peaks (picos) durante a temporada. Seu processo de treinamento baseia-se em programação, organização e controle.

São três blocos estruturando a programação do treinamento:

Bloco A: Apresenta maior volume de toda a temporada, tem o objetivo de quebrar os níveis gerados na temporada anterior e preparar para a temporada atual, geralmente esse bloco dura em torno de 12 semanas.

Bloco B: Geralmente esse bloco compreende um período de aproximadamente 3 meses e seu volume é diminuído até os níveis considerados ótimos, possibilitando o aperfeiçoamento das capacidades competitivas, nesse período o atleta pode participar de competições de menor expressão que irão funcionar como exercício específico.

Bloco C: Esse é o período em que o atleta deve estar no seu melhor momento, no seu nível máximo, estando apto a participar das competições importantes.

Esse modelo permite vários ciclos de por temporada e não necessariamente precisa conter os três blocos, apenas o bloco C está presente em todos os ciclos.

Modelo Modular

Desenvolvido por Vorobjev na década de 70, esse modelo foi muito utilizado por halterofilistas na época, sua principal característica é aplicar mudanças bruscas e frequentes no volume e intensidade das cargas de treino. Essas variações alternam entre 30% e 50% entre um e dois meses com uma média anual em torno de 35% para o volume e para intensidade oscila entre 20% e 25% mensal, com uma média de aproximadamente 11%.

Modelo Pendular

Esse modelo proposto por Arosiev também na década de 70 tinha por finalidade melhorar o modelo proposto por Matveev, sua proposta é bem parecida, tendo como principal característica  a alternância sistemática entre cargas gerais e específicas a fim de atingir os melhores picos nas competições. As cargas de treino gerais vão decrescendo de forma gradual ao longo do período até chegarem a um nível muito baixo próximo da competição principal, sendo que as cargas específicas crescem a cada ciclo de treino. Essa maneira de alternar as cargas durante o mesmo ciclo é chamada de pêndulo.

Como fazer a periodização de treinamento da forma correta?

Primeiro deve-se ter bem claro qual o objetivo do aluno/atleta, definir a competição principal, ou o prazo para atingir o objetivo, ajustar o volume e intensidade de forma que fique equalizado, avaliar e reavaliar periodicamente para verificar se os objetivos estão sendo atingidos para aquele período e se preciso reajustar as cargas do treino. A periodização não pode ser engessada.

Conclusão

A utilização do modelo ideal de periodização vai depender da modalidade do seu aluno/atleta, a depender da característica da modalidade você encontrará um modelo ideal. Importante que essa periodização seja feita de forma personalizada.

Independente do modelo a ser utilizado, ele deverá provocar as devidas adaptações no seu atleta para que atinja o pico máximo do desempenho no momento definido como o mais importante da periodização.

Grande abraço!

Bons treinos!

Até mais!

Fernando Amaral – CREF 147145 – G/SP

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