Considerando como o dano muscular e a dor afetam o desempenho atlético, os atletas costumam buscar estratégias para evitá-los ou, pelo menos, reduzir sua intensidade. Conforme resumido por Owens e colaboradores, em recente revisão publicada no European Journal of Sport Science, do ponto de vista nutricional, existem várias estratégias que podem nos ajudar.
Como o dano muscular envolve o rompimento das membranas fibrosas, a ingestão de proteínas (por exemplo, através do consumo de leite ou proteína do soro de leite) após o exercício ajudará a aumentar a síntese proteica e, assim, favorece a regeneração do tecido muscular. Na verdade, quando ocorre dano muscular, uma grande parte da proteína disponível irá regenerar o tecido danificado, então o consumo de proteína deve ser aumentado – especialmente se nosso objetivo for hipertrofia muscular.
Além disso, um aumento no estresse oxidativo e processos pró-inflamatórios é produzido após dano mecânico. A ingestão de alimentos antioxidantes ou anti-inflamatórios (como aqueles contendo polifenóis e flavonoides da cereja, romã e cúrcuma) podem ajudar a reduzir esses processos. Da mesma forma, outros alimentos anti-inflamatórios, como os ricos em ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 (como salmão ou atum) e vitamina D, também podem ser benéficos para aliviar a resposta inflamatória aos danos musculares.
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