Jogo futebol, logo não preciso treinar perna?

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É muito comum, nas academias, encontrar alunos que dizem: “não preciso treinar perna, pois já jogo futebol”. Para tais alunos, ressalto a importância do treino dos membros inferiores. Além da questão estética ¬– tema já abordado por mim no artigo Para quem odeia treinar perna –  temos que destacar a relação entre os benefícios do treino de perna e os riscos de lesões causadas pela prática do futebol.

Segundo Fonseca (2007), “as lesões mais comuns nos jogadores de futebol são as musculares, articulares e traumáticas”. Segundo Sargentim (2010), “as lesões musculares geralmente ocorrem quando existe um desequilíbrio muscular, ou seja, desequilíbrio entre a ação concêntrica (agonista) e a ação excêntrica (antagonista)”. Esse desequilíbrio pode ser compensado com um treino que trabalhe a musculatura do atleta de forma a deixar as ações concêntricas e excêntricas equilibradas. Isso permitirá ao atleta suportar movimentos típicos de um jogador de futebol, tais como: arrancar, pular, chutar e dar tiros (velocidade e explosão na corrida).

O exercício de cadeia cinética fechada, dentre diversas atividades,  é o mais recomendado para o fortalecimento muscular desses atletas. Esses exercícios trabalham várias articulações e vários grupos musculares ao mesmo tempo. O agachamento, por exemplo, envolve várias articulações, tais como joelho, quadril e tornozelo, e também vários grupos musculares, como quadríceps, isquiotibiais, flexores do quadril, panturrilhas e glúteos. Durante a execução desse tipo de exercício, os pés ou mãos encontram-se em uma posição fixa, normalmente no solo.

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O não fortalecimento muscular tem como consequência o aumento da probabilidade de lesões.  Lesões estas que impossibilitam o atleta de praticar atividades físicas por um grande período de tempo e, em vários casos, exigem intervenção cirúrgica para a reabilitação. Keller (2005) afirma que o futebol é responsável por um expressivo número (entre 50 e 60%) de todas as lesões esportivas, o que representa um alto índice de afastamento dos atletas de seus jogos e treinamentos.

 

 

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