Periodização para não para de evoluir no CrossFit | Blog Integral

Nos dias 30 e 31 de agosto, será realizado na cidade de Barueri – SP, o Torneio CrossFit Brasil. Aproveitamos a ocasião, então, para levar a vocês um pouco mais de conhecimentos sobre essa modalidade esportiva que cresce em número de adeptos a cada dia.

O CrossFit é um esporte caracterizado por movimentos funcionais de alta intensidade e com variação constante, isso faz com que a preparação dos atletas para uma competição seja exaustiva e de grande complexidade, especialmente no quesito periodização.

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Periodização é a estruturação de um treinamento, na qual são trabalhadas as capacidades físicas e demandas energéticas propiciadas por um determinado esporte. O CrossFit abrange diversas capacidades físicas e contém diferentes movimentos funcionais oriundos de esportes como ginástica, atletismo e levantamento de peso, sendo assim, sua periodização se torna uma das mais complexas. Além disso, por ser um esporte relativamente novo, há uma carência de informações técnicas sobre ele. Convidamos três atletas de destaque, e integrantes do Integralteam, para esclarecer algumas dúvidas sobre o tema.

A importância da experiência do atleta em competições.

Segundo Bruno Feitosa, treinador da CrossFit ZN, para quem tem menos experiência em provas de CrossFit o papel do treinador é essencial para diagnosticar se o praticante possui reais condições de cumprir as exigências da competição que se objetiva. Hoje em dia, já existem competições com diferentes níveis de exigência e complexidade, possibilitando a participação de pessoas que treinam há muito ou pouco tempo. Outra dica do treinador é diagnosticar os pontos positivos e negativos do atleta e traçar estratégias antes do início da competição.

A recuperação (descanso) dos atletas é outro tema que sempre gera muita dúvida. Antonelli Nicole, treinadora da CrossFit Brasil, afirma que o descanso depende da periodização que se esteja fazendo. Não há uma regra, pode ser de dois dias, um dia ou mesmo descanso ativo (treino mais leve). Antes de uma competição, a atleta fica dois dias sem treinar, segundo ela, seu corpo funciona melhor assim. Durante esse período, pode fazer algo bem leve, como nadar, alongar ou apenas caminhar. Para um aluno regular, que não é um atleta, o conselho que Antonelli sempre dá é sentir os sinais de seu corpo: se está cansado, não dormiu bem ou está com algum tipo de mal-estar, com certeza, o descanso será muito mais produtivo do que ir treinar neste dia.

Um tema envolvendo CrossFit que sempre gera debate é a mecânica dos exercícios. Segundo Feitosa, a técnica de execução dos exercícios nunca deve ser deixada de lado. Não há como separar técnica de condicionamento físico, ambos estão conectados. No método CrossFit procura-se alcançar o virtuosismo, que é a condição de realizar o movimento com excelência e consistência, sendo esse o caminho mais seguro por considerar condicionamento e técnica.  O treinador cita dois exemplos para melhor entendimento:

•O atleta realiza de forma consistente um movimento cuja excelência precisa ser aprimorada. Isso não torna o movimento inseguro, apenas pouco eficiente (nesse caso o atleta fadiga muito mais rápido). Ainda assim, o atleta tem condições de continuar dentro de uma competição.

•O atleta executa o movimento sem os fundamentos básicos, ele não apresenta consistência e tampouco excelência. Nesse caso, devemos interromper a prática e, então, recomeçar o aprendizado, evitando lesões.

Por fim, um dos melhores atletas brasileiros de CrossFit, Francisco Javier, explica como costuma planejar a sua periodização para as competições. Chiquinho (como o atleta é mais conhecido), sempre que inicia um ciclo de periodização foca em todas as deficiências que devem ser melhoradas, mantendo o trabalho ativo nas capacidades que tem mais facilidade. Seus treinos sempre têm intensidade moderada ou alta, o que muda é como essa intensidade é trabalhada. Normalmente, nas quatro  últimas semanas ele chega a trabalhar entre 80-95% de cargas máximas e aumenta o volume (tempo) de treino, procurando atingir o pico na competição. O atleta não costuma treinar duas vezes no mesmo dia, entretanto, aumenta de uma para até três horas e meia o tempo de treino em períodos próximos às competições, mas não em períodos diferentes.

Os exemplos desses atletas ilustram bem a diversidade de periodizações que podem ser adotadas na prática do CrossFit, sendo o mais importante adequá-las ao nível e às necessidades de cada praticante.

 

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