Inatividade física e alterações metabólicas, ou a importãncia de treinos que motivem! | Blog da Integralmedica

Inatividade física e alteração metabólica – Treinos que motivam

Mesmo curtos períodos de inatividade física estão associados a alterações metabólicas, incluindo diminuição da sensibilidade à insulina, atenuação do metabolismo lipídico pós-prandial, perda de massa muscular e acúmulo de tecido adiposo visceral. Tais anormalidades provavelmente representam um elo entre a redução do exercício e o aumento dos riscos de progressão de distúrbios crônicos e mortalidade prematura. A inatividade física ainda aumenta o risco de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares, câncer de cólon, câncer de mama na pós-menopausa e osteoporose.

Por isso é tão importante a sensibilidade e empatia do profissional de educação física com as pessoas que ainda não se encontraram em alguma atividade. Se o aluno para de treinar por falta de motivação e prazer sua saúde piora.
Digo isso porque, durante muitos anos, venho trabalhando como fisiologista e uma das coisas que mais escuto em consultório é a reclamação de pessoas que se sentem muito pressionadas a fazer algo que não gostam, da forma que não gostam, em nome de resultados que, talvez, nem estejam alinhados a seus objetivos e estilo de vida.

Alguns exemplos clássicos: “você PRECISA parar de treinar aeróbio de forma contínua porque só o HIIT funciona”, e a pessoa não gosta de HIIT; “você NÃO PODE fazer CrossFit porque lesiona, tem que fazer musculação que é mais seguro”, mas a pessoa não sente mais prazer em fazer musculação; “para crescer você PRECISA ir até a falha, sentir dor, induzir o dano muscular”, e a pessoa se sente muito mal fazendo isso; entre outros exemplos que poderia citar aqui.

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Prescrever um treino é mais que seguir diretrizes de artigos científicos (que, muitas vezes, têm suas conclusões distorcidas). Prescrever treino é uma arte, é entender o que faz seu aluno feliz, pensar (e muito) em uma forma de aplicar a ciência a atividades que despertem nele o prazer da prática (motivação). Não estou dizendo para o profissional de educação física abrir mão de suas convicções, mas sim para pensar fora da caixa.

Atletas são preparados para fazer aquilo que é necessário para a máxima performance, gostando ou não, diferentemente do praticante de atividade física, que busca qualidade de vida e prazer ao praticar a atividade escolhida.

Referências
Bente K. Pedersen and Mark A. Febbraio . Muscles, exercise and obesity: skeletal muscle as a secretory organ NATURE REVIEWS ENDOCRINOLOGY, VOLUME 8, AUGUST, 457-465, 2012

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