Aumentando a força física para a prática do futebol

Um jogador percorre entre 10 e 17 km durante uma partida de futebol, o que denota uma grande exigência aeróbia por parte desses atletas. Entretanto, algumas especificidades dessa atividade precisam ser levadas em consideração. Uma delas é o fato de que grande parte dessa distância é percorrida sem a bola. Alguns estudos demonstram, ainda, que atletas de alto nível tendem a percorrer maiores distâncias em alta velocidade do que atletas de nível técnico inferior, e que as melhores chances de gol nascem em jogadas de alta intensidade. Devemos lembrar também que a corrida em alta intensidade é eficiente em situações como driblar, chutar e se livrar da marcação do adversário. Então, como primeira dica fica tanto o treino aeróbio com distâncias similares às que se pratica no futebol – levando-se em consideração a posição em que se joga – quanto o treino anaeróbio (tiros, velocidade e deslocamentos), útil em jogadas específicas dentro do jogo.

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Força e explosão muscular também são fatores importantes para os jogadores. O futebol é cada vez mais um esporte de contato, e possuir uma boa estrutura física é fundamental. Tanto que boa parte de nossos jogadores vendidos para clubes do exterior precisam fazer um trabalho de força e hipertrofia muscular para se adaptar ao estilo de jogo dos campeonatos europeus. Hoje em dia, já sabemos que é mito a afirmação que aumentar a massa muscular de um atleta o deixa lento. Muito pelo contrário, se o treinamento for bem elaborado, o atleta aumenta a massa muscular com um concomitante aumento da potência muscular e também da velocidade e da agilidade.

Outras capacidades físicas que precisam ser trabalhadas são agilidade, coordenação e equilíbrio. Elas precisam fazer parte do programa físico do atleta para que ele se torne mais completo.  Além das inúmeras capacidades físicas exigidas de seus atletas, o futebol tem um calendário extenso.  Uma equipe joga, em média, de 75 a 85 vezes por ano e muitas vezes o intervalo entre os jogos não chega a uma semana. Esse calendário extenso resulta em um alto volume de treinamentos e intervalos curtos de recuperação, provocando fadiga crônica nos atletas e aumentando o índice de lesões.

Em síntese, treinar é preciso, porém se recuperar é fundamental. Hoje sabemos que existem recursos para diminuir as microlesões causadas pelo esporte, como crioterapia (banheira de gelo), massagem, ingestão de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e suplementos a base de carboidratos e proteínas. Fora isso, a ingestão de carboidratos antes/durante o treino evita a instauração do quadro de fadiga precoce, postergando a fadiga e melhorando, assim, a performance.

 

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